sexta-feira, 16 de julho de 2010

À vista de uma flor campestre

Que tem a flor assim de tão especial!
Não consegues ver! Então eu te direi! A flor encontrou a vontade independente! A flor não depende de alguma parede de betão para lhe refrear os impulsos. Não é imbecil nem supramente inteligente. Não não é. A flor, che, esta flor, é livre, cresce vigorosa como se sobre ela não impendessem desejos legítimos alguns. Ela é de alma.
E se eu lhe puser um pé em cima!
És bem capaz disso, sim senhor…
Foi então que um focinho de porco assomou à porta, pedindo de comer, com os guinchos estridentes que lhe são sobejamente reconhecidos… edgar ressumou, para dentro porco!


Nuno Monteiro

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“ A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.”

António Lobo Antunes

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