quarta-feira, 7 de julho de 2010

Intermitentes nas vidas do louco


Que história é a deste país que não passa das indigências?! Proponho um corte radical na educação. Entreguemos às nossas crianças uma noite e um livro. Consumo mínimo. Todos os dias uma noite e em cada noite uma nova cantiga como uma dança guinada… e imperioso, antes que me esqueça! Cortemos as televisões aos políticos… os holofotes das televisões aos políticos…

Com tachos a menos e cantos de sereia, devidamente iluminados por uma certa ideologia do acreditar, cada novo português poder-se-ia refazer, do lado do novo mundo, onde há menos vícios…

Livreiros? Livrarias? Poucos. Há muito se pediram exéquias fúnebres.

O que é um português?
Um tudo de escape.

E a escrita?
Uma medonha viagem de barco, amotinado, fúnebres, os pirilampos.

E esta república! O que lhe resta?
Ia para dizer que lhe resta a velhice, mas aqui entre nós, nem isso pois esta nossa república morreu ontem de madrugada.

Nuno Monteiro

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“ A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.”

António Lobo Antunes

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