Com a chegada de Setembro, as vastas planícies incultas da Valáquia danubiana decidem viver durante um mês a sua existência milenária.
Isto começa precisamente no dia de São Pantelimão. Nesse dia, o vento da Rússia, entre nós chamado muscal ou crivatz, varre com o seu hálito de gelo as extensões imensas, mas porque a terra ainda queima como um forno, o muscal perde ali alguns dentes. Não importa: desde há dias sonhadora, a cegonha assesta o olho vermelho no que lhe faz carícias ao arrepio das penas, e porque detesta o moscovita parte para regiões mais clementes.
Os Cardos do Baragan, Panait Istrati, Assírio e Alvim, tradução de Aníbal Fernandes
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domingo, 19 de dezembro de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Usos secretos...
"os seios, outrora (na ideia desse ingénuo ancião que os formou, que fabricou o mundo, e de quem uma inimizade secular me veda de pronunciar o nome), eram destinados à nutrição augusta da humanidade; sossegue porém, teodoro; hoje nenhuma mamã racional os expõe a essa função deterioradora e severa; servem só para resplandecer, aninhados em rendas, ao gás das soirées, – e para outros usos secretos."
in o mandarim, eça de queirós (da leitura diária)
Retirado de: http://contosexemplares.blogspot.com/
in o mandarim, eça de queirós (da leitura diária)
Retirado de: http://contosexemplares.blogspot.com/
sexta-feira, 18 de junho de 2010
A prisão e paixão de Egon Schiele

Trazias no peito a ferrugem líquida dos relógios. Arrancava-te as horas como pregos. Depois ficávamos deitados a observar os animais brancos.
Não sabíamos nada. Não tínhamos nada.
Apenas soprávamos a cana da loucura — e tremíamos.
Vasco Gato, in "A prisão e paixão de Egon Schiele" & etc, 2005
fotografia:
http://olhares.aeiou.pt/c_i_t_y___h_a_l_l_2_foto3770060.html
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