segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Pensées d’un biologiste - Miguel Torga



Coimbra, 14 de Agosto de 1941 – Novamente Pensées d’un biologiste. Uma espécie de tentação do criminoso para voltar ao local do crime. Lá diz ele:
“L’homme est entraîné par son esprit à des souffrances qui sont bien au-dessus de sa condition.”
Outra vez a vida medida de cima a baixo, o ser pesado do corpo à alma. Quantas vezes o nosso coração é capaz de bater, que filhos a nossa esperança pode gerar – a fotografia é autêntica das nossas raízes, que são as mesmas do nosso pai da idade de Cro-Magnon.
“La civilisation de l’homme ne reside pás dans l’homme, elle est dans les bibliothéques, dans les musées et dans les codes.”
Um desespero humano da biologia. Com a diferença apenas de o Kierkegaard pôr a desgraça no “eu” e de Rostand a pôr em vinte e quatro cromossomas.

In Diário I, Miguel Torga

Sem comentários:

“ A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.”

António Lobo Antunes

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