terça-feira, 14 de outubro de 2008
O infinito do ser
Busca, aspira o infinito do ser...
Vê e sente, acredita no sempre...
Longínqua essa paragem,
Dura a miragem do nunca inexistente mas persistente, no caminho
Percorrido pela alma forte, vestida e, de repente, despedida pelo sofrimento do Momento inalcançável, no precipício abominável do início do fim,
Que não chegou a começar...
Passagens escritas, profecias guardadas, temidas!
Decadência pressagiada,
Sonhos protegidos,
Vontade encadeada pela luz forte da fé!...
Pecados surpreendidos no silêncio
Do pensamento obscuro e receoso, que restringe o corpo ansioso.
Ambição de revestir o coração além da carne
E do ensinamento penoso de não poder sobrevoar a 'morte'!
E eis que surgem as certezas incertas de nada saber...
Procura ansiosa do controlo da vida que se está a perder...
Temerosa essa imagem holocáustica,
Vislumbrada sistematicamente,
Denunciando o medo de punição de que a humanidade está ciente.
Gasto o simbolismo efémero que tenta omitir erros,
Mórbido o sentimento de culpa de não poder...
Sonhos catapultados para o longínquo da ilusão,
Numa esperança insultuosa de tão forte ser...
E novamente a lenda insinuosa
Que perde toda a validade face à supremacia do sentimento,
Que tenta, experimenta e consegue o impossível de
Fortalecer um ser susceptível a toda a fraqueza escondida,
Guarnecida de terrores que procuram os sonhos perdidos
Pela ameaça da proximidade do que parecia jamais ser alcançado
E que demonstra que o Amor não poderá sair derrotado.
Este sou Eu? E vocês, o que vêem?
Sérgio Morais
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