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Ensina-se-lhes que sejam valentes, para um dia virem a ser julgados por covardes!
Ensina-se-lhes que sejam justos, para viverem num mundo em que reina a injustiça!
Ensina-se-lhes que sejam leais, para que a lealdade, um dia os leve à forca!
(levanta-se)
Não seria mais humano, mais honesto, ensiná-los, de pequeninos, a viverem em paz com a hipocrisia do mundo?
(Pausa)
Quem é mais feliz: o que luta por uma vida digna e acaba na forca, ou o que vive em paz com a sua inconsciência e acaba respeitado por todos?
…
Todos somos Cristo, Reverência, e todos começamos pela esperança de que se realize o que há de Cristo em cada um de nós.
A uns mata-lhes a vida a esperança, a outros matam-na os que em seu nome falam, tendo-a já perdido…
Mas há quem escape, Reverência, quem chegue ao fim da vida com o seu Cristo tão intacto como no dia em que nasceu.
Esses morrem na forca ou apodrecem nas prisões, não vá a sua presença incomodar a burocracia de Deus!
Luís de Sttau Monteiro, Felizmente há luar
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