Os ameados terraços brancos recortam-se secamente sobre o alegre céu azul, gélido e estrelado. O norte silencioso acaricia, vivo, com a sua pura grandeza.
Todos julgam que tem frio e escondem-se nas casas, fechando-as. Nós, Platero, vamos devagar, tu com a tua lã e com a minha manta, eu com a minha alma, pela límpida aldeia solitária.
Que força interior me eleva, como se eu fosse uma torre de pedra tosca com cúpula de prata! Olha, quantas estrelas! De tantas que são, dão-nos tonturas. Dir-se-ia que o céu reza à terra um rosário aceso de amor ideal.
Platero, Platero! Daria toda a minha vida e ansiaria que tu quisesses dar a tua, pela pureza desta alta noite de Janeiro, erma, clara e dura!
Platero e Eu, Juan Jamón Jimenez
Que força interior me eleva, como se eu fosse uma torre de pedra tosca com cúpula de prata! Olha, quantas estrelas! De tantas que são, dão-nos tonturas. Dir-se-ia que o céu reza à terra um rosário aceso de amor ideal.
Platero, Platero! Daria toda a minha vida e ansiaria que tu quisesses dar a tua, pela pureza desta alta noite de Janeiro, erma, clara e dura!
Platero e Eu, Juan Jamón Jimenez
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