sábado, 26 de junho de 2010

Sensação

No azul das tardes de verão, irei pelos caminhos
Tracejado pelos trigos, pisar a erva tenra:
Sonhante, sentirei a meus pés sua frescura.
Deixarei o vento banhar-me a cabeça nua.

Não falarei - pensarei em nada:
Mas um amor infinito subir-me-á na alma, e eu
Irei longe, bem longe, como um cigano, feliz
Pela Natureza -, na companhia da mulher sonhada.


Arthur Rimbaud in. "O Rapaz Raro" relógio d'água


retirado de: http://ocafedosloucos.blogspot.com/2006_05_01_archive.html

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“ A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.”

António Lobo Antunes

Prémio Histórico - Filosóficas