Viste? Por que não abrandaste? Esborrachaste a porcaria do pássaro…
(tanto por causa de um mísero)
Silêncio súbito! Perde-o da vista e
Tanto por causa dum mísero…
Enquanto mandava arriar as velas e lançar âncora, sujeitinhos doidos perdiam-se por esse mundo fora pensando mas que porra valerá a vida de um pássaro. Num palco ali por perto um montículo de ciganos erguera um acampamento e tendo já os miúdos a dormir, preperavam-se para as cantigas…
Clara diz, uma vez mais! Olha… sabes que eu não acredito que aqueles ciganos matassem o pássaro. São homens como tu mas as asas que os transportam são de anjo! E dito isto deixou que o vento lhe enfunasse as velas e a afastasse ao largo…
Nuno Monteiro
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