terça-feira, 29 de junho de 2010

Pubs...


Por vezes olho atrás e vejo a mim com os meus olhos de então, os meus olhos dos meus College Years. Those were the days em que eu, vi e senti, quis e fiz, sobrevoei a amizade. Não pela metade, nem parei, nem me molhei. Os meus dias e as minhas muito queridas noites… Era apenas eu, um pequenito menino enfiado (dentro dentro dentro) de uma guitarra. Na minha mão esquerda vivia uma garrafa mágica que me embriagava. E na minha mão direita um volante, que quando me levava pela estrada, dizia a todos os meus amigos. A todos os meus amigos. Eram, então, toooooodos oooos meus amigos. De tal forma que, juro, então, eu não via senão noite! E estradas que dançavam. And bars and pubs… algures deve haver uma fotografia… algo segurará algures uma fotografia. Que me agarre dentro dela. Pois anseio tornar a ver as estrelas, tal como elas eram, sem disfarces… sem traições.
As minhas amizades de então, deverão ter galgado estradas fora e desapareceram. Outras, felizmente, ficaram. Malditas estradas…
Mas há décadas de amizades que não as levam as estradas. Ficam por perto e cristalizam minhas irmãs. E fazem da minha terra a minha estadia e do meu lar a irmã que eu nunca tive.
Em meio de flores, veria talvez uma aflição enorme. Clara usou esse dia para chorar. Ela é o que é. E o que é não será nunca pouco. Teria sido tudo um engano da sorte. Mas Clara ainda não o sabia.

Nuno Monteiro

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“ A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.”

António Lobo Antunes

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