
Trazias no peito a ferrugem líquida dos relógios. Arrancava-te as horas como pregos. Depois ficávamos deitados a observar os animais brancos.
Não sabíamos nada. Não tínhamos nada.
Apenas soprávamos a cana da loucura — e tremíamos.
Vasco Gato, in "A prisão e paixão de Egon Schiele" & etc, 2005
fotografia:
http://olhares.aeiou.pt/c_i_t_y___h_a_l_l_2_foto3770060.html
Sem comentários:
Enviar um comentário