terça-feira, 17 de agosto de 2010

Todos os anos em setembro, Quando as escolas abrem

Todos os anos em setembro, quando as escolas abrem
As mulheres dos subúrbios vão às papelarias
Comprar os livros e os cadernos para os filhos.
Desesperadas pescam os últimos patacos
das saquinhas coçadas, lamentando-se
De o saber ficar tão caro. E ainda elas não sabem
Que mau é o saber que está
Destinado aos seus filhos

Bertold Brecht, Poemas (Versão Portuguesa de Paulo Quintela)

Lido aqui:
http://abnoxio.weblog.com.pt/arquivo/poesia_de_outros_autores/index0

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“ A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.”

António Lobo Antunes

Prémio Histórico - Filosóficas