afinal sempre chegou...
"a minha será sempre uma face de belo e uma face de horrível, a minha luz será sempre uma luz que cerca e sufoca..." ou não seria a minha face!ou não seria a minha luz!
quem vês não sou eu, é quem eu deixo ver, quem eu deixo parecer que sou. só sou eu no meu ninho, nos meus voos de ave liberta e libertadora, o que vês é tão-só uma sombra da ave, presa e predadora...
sem luz não se me abrem as asas
sem luz não se me abrem horizontes
sem luz sou ave de rapina
sou abutre
com luz
com luz
...
gaivota
...
muitas vezes eu não sou eu, sou outras... numa unidade que é dualidade.
"ao fim da estrada é a mim quem vês banhada em lágrimas"... lágrimas de alegria porque cheguei ao fim da estrada.
muitas vezes eu não sou eu, sou outras... numa unidade que é dualidade.
"ao fim da estrada é a mim quem vês banhada em lágrimas"... lágrimas de alegria porque cheguei ao fim da estrada.
A negra e escura estrada que é o ermo lodoso onde me deixo deslizar durante todos os dias moles de purgatório e de penas.
Mas hei-de chegar, definitivamente, ao fim!!! E nesse dia, serei gaivota eternamente livre.
Dina Cruz
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