Unhas de um vermelho alegre e vivaz!, pintadas… de um encarnado limpo e vivo! E uma seda feita () repousando-lhe tão ao de leve pelos seios… nem muito grandes estes… apenas graciosos! Ela ri quando a seda julga que se destapa
e
logo após – com um ciciar engraçado nos olhos azuis marinhos – num fundo de mar e numa areia branca – com um sopro de vida em torno dos olhos marejados de sorriso… é ela quem surge quando se anunciam as unhas pintadas de encarnado… é ela quem entra de meias descalças e de cabelo ao vento. é ela quem anuncia ao fim dos espaços ao fim dos risos. é ela quem sufraga o teu coração. !É ela a mulher alta varina! É ela a imponência dos pés e a pele castanha bronzeada – um altar ao tempo como água que lhe escorre pelo colo e lhe socorre os seios com os braços valentes.
E
logo depois – com um ar de criança encerrada no corpo adulto da mulher – presa infinda dos fundos azuis das areias castanhas de coral – é ela! Só pode ser ela! Quando encolhe o pescoço e deita fora o sorriso – esse sorriso – esse adeus – esse tirano. Quando atira olhares ao longe como se quisesse mais e mais céu! Mais e mais azul! Essa toda intensa cristandade – essa toda intensa tez
(amarela dos cabelos muito castanhos muito secos)
Choram os tempos duma lívida insensa tez
Quando ao fim do dia se instrui e encerra o livro
Quando ao fim da noite se engana e pinta por cima do vermelho
Quando ao cabo da viagem se afunda nas rosas até lhes tomar todos os espelhos
Logo após… bramindo das pernas … tatuadas por sinal!
Tiritando de frio… sorvendo vapor do vaso do calor…
E descerrando a saia
Alçando acima das pernas para além da figura…
Apenas as nádegas, nada mais que as nádegas
E um raio de luz…
Coroando o frio – adensando o mistério!
Nuno Monteiro
e
logo após – com um ciciar engraçado nos olhos azuis marinhos – num fundo de mar e numa areia branca – com um sopro de vida em torno dos olhos marejados de sorriso… é ela quem surge quando se anunciam as unhas pintadas de encarnado… é ela quem entra de meias descalças e de cabelo ao vento. é ela quem anuncia ao fim dos espaços ao fim dos risos. é ela quem sufraga o teu coração. !É ela a mulher alta varina! É ela a imponência dos pés e a pele castanha bronzeada – um altar ao tempo como água que lhe escorre pelo colo e lhe socorre os seios com os braços valentes.
E
logo depois – com um ar de criança encerrada no corpo adulto da mulher – presa infinda dos fundos azuis das areias castanhas de coral – é ela! Só pode ser ela! Quando encolhe o pescoço e deita fora o sorriso – esse sorriso – esse adeus – esse tirano. Quando atira olhares ao longe como se quisesse mais e mais céu! Mais e mais azul! Essa toda intensa cristandade – essa toda intensa tez
(amarela dos cabelos muito castanhos muito secos)
Choram os tempos duma lívida insensa tez
Quando ao fim do dia se instrui e encerra o livro
Quando ao fim da noite se engana e pinta por cima do vermelho
Quando ao cabo da viagem se afunda nas rosas até lhes tomar todos os espelhos
Logo após… bramindo das pernas … tatuadas por sinal!
Tiritando de frio… sorvendo vapor do vaso do calor…
E descerrando a saia
Alçando acima das pernas para além da figura…
Apenas as nádegas, nada mais que as nádegas
E um raio de luz…
Coroando o frio – adensando o mistério!
Nuno Monteiro
1 comentário:
gostei mt mt...
dos teus melhores textos...
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