sexta-feira, 4 de setembro de 2009

um terceiro sol


madrugada alta quase manhã clara à balaustrada dum precipício de cores... faço de mim um olhador de céus nuvens e odores... mantenho o olhar fixo na calma premonitória da floresta e do ar... Toda a minha vista alcança... sem subterfúgios... sem azedumes ou mentiras. Todo o restante mundo é estridente como os corvos. não este lugar. não este que é ... este lugar é calmo e belo. todos os dias amanhece um pintor diferente. Todos os dias imune ao bulício dos homens e das grandes urbes... todos os dias um sol diferente... um quadro vivo que move as cores e as salpica com outras histórias outros sentidos...

quão alvos os amanheceres! são sempre a esperança de um dia diferente... são sempre a saudável lembrança da mudança... do seu interior nasce serenidade... nasce crença...

uma ilusão apenas me confunde! quando abraço a árvore e lhe sussurro (). não deixarei que façam de mim louco...

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“ A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.”

António Lobo Antunes

Prémio Histórico - Filosóficas