terça-feira, 30 de junho de 2009

Thomas Mann


...- Ah, ah, ah! Mas o senhor é muito mordaz.

- Mordaz? Quer dizer maldoso? Sim, de maldoso tenho um pouco - consentiu Settembrini. - O meu maior desgosto é estar condenado a desperdiçar a minha maldade nestas míseras questões. Espero que não tenha nada contra a maldade, senhor engenheiro. Ela é, a meus olhos, a arma mais fulgurante da razão contra as forças das trevas e de tudo o que é feio. A maldade, meu caro, é o espírito da crítica e a crítica está na origem do progresso e das luzes.


Thomas Mann, A Montanha mágica, tradução de Gilda Lopes Encarnação, edição Dom Quixote

1 comentário:

Anónimo disse...

Estive por aqui em visita ao seu blog! Abraços Ademar!!

“ A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.”

António Lobo Antunes

Prémio Histórico - Filosóficas