Pois não
E que pena
Pobre bela
Desfigurada e desnutrida
Pobre mulher
Ouves os tiros que te mostraram a morte
Sentes as marcas dos ferros
Olhas o caminho de casa
Mas não tens pão
Não tens vida
És um morto caminhante
Um punhado de peste
Odeiam-te
Atrasam-te
Azedas…longamente…contaminas…
Voltaste costas ao mundo e não acreditas nem em ti.
És o âmago da montanha…
Foges das luzes que te magoam
E ficas velha e desfigurada
E depois foges outra vez…
Nuno Monteiro
E que pena
Pobre bela
Desfigurada e desnutrida
Pobre mulher
Ouves os tiros que te mostraram a morte
Sentes as marcas dos ferros
Olhas o caminho de casa
Mas não tens pão
Não tens vida
És um morto caminhante
Um punhado de peste
Odeiam-te
Atrasam-te
Azedas…longamente…contaminas…
Voltaste costas ao mundo e não acreditas nem em ti.
És o âmago da montanha…
Foges das luzes que te magoam
E ficas velha e desfigurada
E depois foges outra vez…
Nuno Monteiro
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