XIV - "de pulsos"
tens o pulso tão belo. agora entendo porque o mordes.
como se o sofrimento fosse nada ao pé do toque. como se a sensação canina da boca em contacto com o sangue se desintegrasse não por vontade tua mas pela magia da beleza, do encanto redondo do teu pulso.
como que te oiço o coração enquanto o mordes; como que te mordo o outro pulso, ah, claro, se pudesse, se houvesse.
tens o pulso tão belo. como que arredondo e, feito flor, estranhamente humano.
Ondjaki
tens o pulso tão belo. agora entendo porque o mordes.
como se o sofrimento fosse nada ao pé do toque. como se a sensação canina da boca em contacto com o sangue se desintegrasse não por vontade tua mas pela magia da beleza, do encanto redondo do teu pulso.
como que te oiço o coração enquanto o mordes; como que te mordo o outro pulso, ah, claro, se pudesse, se houvesse.
tens o pulso tão belo. como que arredondo e, feito flor, estranhamente humano.
Ondjaki
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