
Chove… tão meigas e carinhosas como no jardim do paraíso
Bátegas de saudades que me embargam a voz
Eu só
Só eu no caminho da montanha
Que é minha
Continente donde fui arrancado
Que raízes tem um homem só?
Como se lamuria um desterrado?
Sinto que sou de parte nenhuma
Sinto que tenho toda a terra comigo
Quem sou?
Chove uma chuva meiga fraterna
Cantam o fado lá em baixo na Madragoa
Eu olho a chuva que resvala e se enovela
De costas para a montanha
Eu, só
E a montanha que é a minha guia
A minha caverna
A minha promessa
Vivo do lodo que eu próprio cozinho
E sinto a mais leve aragem
Sinto
Procuro
Em parte nenhuma
A minha terra lá longe panegírica.
Nuno Monteiro
Bátegas de saudades que me embargam a voz
Eu só
Só eu no caminho da montanha
Que é minha
Continente donde fui arrancado
Que raízes tem um homem só?
Como se lamuria um desterrado?
Sinto que sou de parte nenhuma
Sinto que tenho toda a terra comigo
Quem sou?
Chove uma chuva meiga fraterna
Cantam o fado lá em baixo na Madragoa
Eu olho a chuva que resvala e se enovela
De costas para a montanha
Eu, só
E a montanha que é a minha guia
A minha caverna
A minha promessa
Vivo do lodo que eu próprio cozinho
E sinto a mais leve aragem
Sinto
Procuro
Em parte nenhuma
A minha terra lá longe panegírica.
Nuno Monteiro
Sem comentários:
Enviar um comentário