(...) - Estava à tua espera, meu príncipe! disse ela. Sonhei contigo a noite passada. Ias montado num cavalo branco e matavas um dragão medonho. Mas o dragão voltava a nascer de cada um dos teus golpes, e nunca morria. E nessas ocasiões, tu, príncipe, rias-te como um perdido... E eu bem sabia por que razão te rias. Na verdade, não querias matar o dragão; o dragão divertia-te tanto que não o querias matar. (...)
Albert Cossery, a Violência e o escárnio, tradução de Júlio Henriques edição Antígona
Albert Cossery, a Violência e o escárnio, tradução de Júlio Henriques edição Antígona
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