terça-feira, 10 de agosto de 2010

Biblioteca de praia

À entrada da praia há um banquito de pedra, onde ela se senta. Todos os dias, por volta das vinte horas. Então o mar é um manto de cinza, ondas planas, insalubres… pede um gelado, fica sentada enquanto o saboreia. Olha-o. Muito quieta, aquele manto cinza chama-a, esconde a face por detrás dos cabelos longos e esguios… a noite vai chegando enquanto ela ali está pousada, saboreando o gelado…
Como te chamas? Sorte! e depois perante a minha cara de espanto, Consegui libertar-me dum livro do Marquez. Qual deles senhorita... e esta ficou sem resposta pois Sorte caminhou para o mar, inundava-a e ao mesmo tempo queimava-a!
sorria e era como quem dizia este mar que é tão grande...

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“ A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos.”

António Lobo Antunes

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